Influenciadores virtuais: uma nova tendência?
Você já deve ter visto por aí a Magalu do Magazine Luiza ou o Bahianinho das Casas Bahia, não é mesmo? O que esses e outros personagens virtuais tem em comum é que habitam um território antes exclusivo dos influenciadores reais, mas que de um tempo para cá abarcou também quem só existe na internet.
Usando tecnologias avançadas para simular os movimentos e reações humanas, essas figuras podem ser usadas como a cara de uma marca específica, ou mesmo fazendo publicidade para várias empresas, como os influenciadores digitais humanos.
O alcance gerado por eles pode ser estrondoso, levando aqueles que foram criados com o objetivo de simular a via real de um influenciador digital a um grande número de fãs nas redes. É o caso de Miquela (@lilmiquela), uma figura que se apresenta como uma jovem de 19 anos que vive em Los Angeles. No Instagram, Miquela soma 3 milhões de seguidores que acompanham sua rotina e fotos em passeios junto com outros personagens, e até mesmo pessoas de verdade.
No perfil de Miquela também é possível encontrar vídeos em que ela participa de “trends” e também parcerias com diversas marcas.
No Brasil, podemos destacar a Nat Natura (@naturabroficial) da marca Natura, que atua apenas no Twitter com perfil próprio e com mais de 230 mil seguidores, e Rayane (@rayaneverso), criada há pouco tempo pelo humorista Isaías, e que já conta com 71 mil seguidores no Instagram.
Falando em números...
De acordo com o HypeAuditor, o país que mais consome conteúdo de influenciadores digitais virtuais é o Estados Unidos (23%), seguido por Brasil (9%), Rússia (5%) e Turquia (3%).
A plataforma também destacou um dado surpreendente. Os influenciadores virtuais podem gerar até 3 vezes mais engajamento do que os reais.
O estudo mostrou ainda que os influenciadores virtuais com maior influência, são aqueles que representam mulheres com idade entre 18 e 24 anos. Portanto, é possível prever a aposta das empresas nessas figuras.
Especialistas já indicam a tendência, e mostram que o alcance ao público, maior controle da imagem do influenciador, e valor agregado para as empresas, assim como a humanização dela (mesmo que as figuras sejam inexistentes) tendem a ser pontos que serem levados em consideração agora e cada vez mais no futuro.
Também é preciso destacar que os influenciadores virtuais caminham em conjunto com o Metaverso, cujo o objetivo é diminuir cada vez mais a linha que separa o virtual do real, inaugurando uma nova etapa da tecnologia.